quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Des(canso).





"   O que ele mais aprecia nela é essa maneira dela ser sempre assim tão livre.
Gosta de ter sua pequena borboleta ao seu alcance e deixa-se inebriar pelas suas histórias que traz de outros céus.
Diz que o seu encanto vem dessa sua vontade de querer abraçar o mundo e tomar num gole só.
Tantas vezes aprecia seus vôos e o azuis das suas asas. E com um sorriso na palma das suas mãos, lhe acolhe quando o mundo lhe diz não.
Rir dela e com ela dos seus despropósitos e suas tentativas desajeitadas de querer sempre dar mais do que se tem, de ver possibilidades num simples olhar e achar que as pessoas são muito mais do que se mostram.
E sorri. Sorri das suas aventuranças, dos seus porquês e tapas na cara. Rir do seu jeito hábil de levantar após cada queda.
Diz-lhe gostar do seu cheiro, do seu sabor e do seu suor. E que ver aqueles sobrevôos da pequena borboleta, era como ter sempre à sua janela um céu fim de tarde como um dia de primavera. Pois ela lhe dá cores. Ela traz a vida em si.



Ele lhe pede a mão.



Ele quer ver de perto esse mundo que ela explora com olhos de criança e pés nas nuvens. Quer desfrutar a coragem de ter coragem e saber pousar nas flores.
Compreender a magia de não se perder no infinito desse mundo que tanto a encanta.
Ele acredita que pode limitar a dimensão do seus astros e desenhar-lhe constelações...
Ele deseja que a pequena borboleta queira pôr nas suas asas e mostrar-lhe as estrelas do seu céu.    "





     // Eu te murmuro; Eu te suspiro; Eu, que soletro teu nome no escuro. //




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Audioslave- Like a stone.

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