terça-feira, 19 de janeiro de 2010

(C)esta.





"Ao chegar ao portão, ele pediu desculpa por tudo. Desculpa por ama-la. Por toda a intimidade e por não deixa-la seguir sozinha, como ele escolheu. Mas para ela, tudo que existia se esvaiu...

- Você não se importa com tantos sonhos impossíveis?



- Você não se importa de ser tão amargo?


- Eu perguntei primeiro!


-Isso não é um jogo.


-Você sempre foge.


-Assim como você. A diferença é que eu sonho. E não, não me importo com impossibilidades.


- Eu me importo.


- Eu sei, você se importa com tudo.


- Isso não é verdade. Eu não me importo com você.


-Você é quem pensa.
 
-Eu acho que você acha demais.
 
-Você se importa sempre de ter razão. Eu só queria saber porque diabos isso significa tanto pra você.  É por isso que eu não me importo com o fato de sonhar impossibilidades.


- Me perdoa?


- Não.


- Por que?


- Primeiro preciso perdoar a mim mesma. Ninguém erra sozinha.


- Mas quem errou fui eu. Me desculpa?


- Eu que errei quando segurei a sua mão mais uma vez.







// Talvez eles tenham ido completamente junto com o nó da garganta e as lágrimas que desmoronaram assim que ela rodou a chave. //
 
 
 
 
 
Alice in Chains- Down in a hole.

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